Requerimento N.º 222/2019
11 de Dezembro de 2019

Proponente: Ver. Jair Wingert (REP)

                                                               Campo Bom,10 de Dezembro de 2019.

                                                                                          

                                               REQUERIMENTO

 

Excelentíssimo Senhor  Paulo C. de Lima Tigre

Presidente da Câmara Municipal de Campo Bom/RS

 

O vereador que subscreve requer que após trâmites regimentais seja apreciado e votado pelos parlamentares e se aprovado encaminhado ao senhor Luciano Libório Orsi, prefeito municipal, o  Requerimento  para que  analise a possibilidade de desenvolver um amplo projeto para o plantio de 65 mil árvores nos próximos quatro anos (2020 a 2024) na cidade de Campo Bom com objetivo de diminuir o calor que assola nossa cidade. Hoje a comunidade cientifica chegou a conclusão de que o plantio de árvores é essencial para diminuir a temperatura. Segue junto ao  Requerimento um anexo relatando de forma cientifica dados que comprovam nossa tese.

 

Sem mais nada a solicitar, expresso nossos mais sinceros votos de estima e consideração. 

 

 

 

                                Jair Wingert

                      Vereador do Progressistas

 

 

 

 

                 

 

 

 

 

Num novo relatório, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades.

E se as cidades conseguissem, com uma só medida, reduzir a obesidade e a depressão, aumentar a produtividade e o bem-estar e diminuir a incidência de asma e doenças cardíacas nos seus habitantes? As árvores urbanas oferecem todos estes benefícios e muito mais: filtram o ar, ajudando a remover as partículas finas emitidas pelos carros e fábricas, retêm a água da chuva e diminuem as despesas com o aquecimento.

Num novo relatório, realizado pela organização The Nature Conservancy, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades, devendo ser financiadas como tal.

“Há muito tempo que vemos as árvores e os parques como artigos de luxo; contudo, trazer a natureza de volta para as cidades é uma estratégia crítica para se melhorar a saúde pública”, disse Robert McDonald, cientista da The Nature Conservancy e coautor do relatório.


Todos os anos, entre três e quatro milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, devido à poluição atmosférica e aos seus impactos na saúde humana. A poluição do ar aumenta o risco de doenças respiratórias crónicas, havendo estudos que a associam ainda às doenças cardiovasculares e ao cancro. As ondas de calor nas zonas urbanas também fazem milhares de vítimas, por ano. Vários estudos têm demonstrado que o arvoredo urbano pode ser uma solução eficaz em termos de custos para ambos estes problemas.

Apesar de todos os estudos que documentam os benefícios dos espaços verdes, muitas cidades ainda não veem a ligação entre a saúde dos moradores e a presença de árvores no ambiente urbano.
Robert McDonald defende a necessidade da cooperação entre diferentes departamentos e a inclusão da natureza nos debates sobre ordenamento urbano.


“Não é suficiente falar-se apenas das razões que tornam as árvores tão importantes para a saúde. Temos de começar a discutir as razões sistemáticas por que é tão difícil para estes sectores interagirem – como o sector florestal pode começar a cooperar com o de saúde pública e como podemos criar ligações financeiras entre os dois”, disse o investigador.

“A comunicação e a coordenação entre os departamentos de parques, florestas e saúde pública de uma cidade são raras. Quebrar estas barreiras pode revelar novas fontes de financiamento para a plantação e gestão de árvores.”

O cientista dá como exemplo a cidade de Toronto, onde o departamento de saúde pública trabalhou em conjunto com o florestal para fazer frente à ilha de calor urbano. Como muitos edifícios em Toronto não possuem ar condicionado, os dois departamentos colaboraram de forma a colocarem, estrategicamente, árvores nos bairros onde as pessoas estão particularmente vulneráveis ao calor, devido ao seu estatuto socioeconómico ou idade.



O relatório diz ainda que o investimento na plantação de novas árvores – ou até na manutenção das existentes – está perpetuamente subfinanciado, mostrando que as cidades norte-americanas estão a gastar menos, em média, no arvoredo do que nas décadas anteriores. Os investigadores estimaram que despender apenas $8 (7€) por pessoa, por ano, numa cidade dos EUA, poderia cobrir o défice de financiamento e travar a perda de árvores urbanas e dos seus potenciais benefícios.

Outros trabalhos também têm mostrado que o arvoredo urbano tem um valor monetário significativo. Segundo um estudo do Serviço Florestal dos EUA, cada $1 gasto na plantação de árvores tem um retorno de cerca de $5,82 em benefícios públicos.


Num outro estudo, uma equipa de investigadores da Faculdade de Estudos Ambientais da Universidade do Estado de Nova Iorque concluiu que os benefícios das árvores para as megacidades tinham um valor médio anual de 430 milhões de euros (505 milhões de dólares), o equivalente a um milhão por km2 de árvores. Isto deve-se à prestação de serviços como a redução da poluição atmosférica, dos custos associados ao aquecimento e arrefecimento dos edifícios, das emissões de carbono e a retenção da água da chuva.

 

 

 

 

 

Documento publicado digitalmente por JUNIOR LOPES DA ROSA em 10/12/2019 às 15:32:59.
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