PROJETO DE LEI Nº 034/2019, DE 29 de Maio de 2019
 

"Torna a Língua Alemã Patrimônio Cultural do Município de Campo Bom, prevê ações de valorização, e dá outras providências"

Proponente: Ver. Paulo Tigre

Esta iniciativa é uma forma de preservar e valorizar a via de expressão dos imigrantes alemães que, a quase 200 anos vieram para esta região, povoaram e colonizaram a nossa cidade.

Com o presente Projeto de Lei o Poder Executivo fica tem a liberdade para promover ações e parcerias com instituições e organismos locais, regionais, nacionais e internacionais, a fim de viabilizar pesquisas, projetos, campanhas, entre outros, relativos à língua alemã e, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Educação e de outros órgãos da administração municipal, a criar grupos de estudos e de trabalhos, para viabilizar programação regular e continuada de ações e atividades a serem desenvolvidas no futuro próximo.

Destacamos que a criação de uma lei municipal constitui uma forma de marcar, em caráter oficial, em 2019, os 195 anos decorridos deste a chegada das primeiras famílias de imigrantes alemães, o que ocorreu em 1824 na cidade de São Leopoldo às quais se juntaram, ao longo dos anos seguintes, inúmeros outros imigrantes alemães.

As ações e os trabalhos de valorização da Língua Alemã em Campo Bom devem envolver, ainda, aproximação, integração, intercâmbio, parcerias e trocas de experiência com outros municípios do Rio Grande do Sul e do Brasil que já tenham ações e programas direcionados ao mesmo fim. Neste sentido, deve também ser incentivada a busca de intercâmbio entre o Poder Público municipal e as instituições públicas e privadas da Alemanha para fomentar a importância do estudo e da prática da Língua Alemã, em consonância com a valorização da demais línguas existentes em seu território, num momento de reciprocidade e de auxílio mútuo de regate e de memória. 

Trago ainda aos meus pares  mais informações sobre a Colonização Alemã no Vale dos Sinos, mais precisamente em nossa cidade, senão vejamos:

 

1 – BREVE HISTÓRICO

 

“A colonização da cidade começou em 1825, com a vinda dos primeiros imigrantes alemães. Os lotes foram distribuídos ao longo da atual Avenida Brasil. Sua maioria professava a fé cristã protestante, de denominação luterana. Em 1829 construíram o primeiro templo evangélico do sul do Brasil, provavelmente uma casa de culto ao estilo enxaimel, que seria mais tarde substituída pelo prédio até hoje existente..

Inicialmente, a agricultura de subsistência era a única atividade econômica. Com o empobrecimento rápido do solo, começam a aparecer as atafonas e moinhos, como o Moinho Deuner, situado no bairro Rio Branco e atualmente em ruínas (houve um projeto de transformação deste moinho num museu e espaço cultural nos anos 80 do século XX, mas infelizmente, foi abortado pelas administrações posteriores). O aparecimento da indústria calçadista, e também das olarias e casas de comércio, foram responsáveis pelo impulsionamento da economia do local.

A vila de Campo Bom foi elevada a distrito de São Leopoldo em 1927. A localidade se desenvolveu e conseguiu a  sua emancipação em 31 de janeiro de 1959.”

 

2 – CULTURA, IDIOMA E RELIGIÃO

 

A cultura da comunidade está ligada na colonização alemã, o gosto pelo canto, danças e tradições trazidos da pátria longínqua, fez com que nascesse as sociedades Concórdia (atual XV de Novembro), o Clube Recreativo e Cultural Oriente e a Sociedade Canto Progresso.

 

Igualmente e devido à colonização alemã o município apresenta como principal segmento religioso a fé cristã luterana, sendo que a Igreja Evangélica Luterana Trindade e a Igreja Evangélica Luterana da Paz foram as pioneiras, nos primórdios da cidade, no ensino secular e atendimento espiritual às famílias dos imigrantes alemães que aqui chegaram.

 

Certo da aquiescência dos meus pares e, na melhor forma de prestação dos serviços, valorização e lembrança dos antepassados campo-bonenses subscrevo esta justificativa reafirmando estima e consideração por todos os cidadãos desta cidade.

 

 

Sala de sessões Presidente Vargas, 27 de maio de 2019.

 

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Paulo Cesar Lima Tigre

Vereador da Bancada do  MDB

Documento publicado digitalmente por PEDRO EMíLIO FROEHLICH NETO em 29/05/2019 às 13:45:00.
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