Campo Bom, 13 de Julho de 2021.

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                                                      REQUERIMENTO

Excelentíssimo Alexandre Olavo Hoffmeister

Presidente da Câmara Municipal de Campo Bom

O vereador que subscreve requer que após trâmites regimentais seja apreciado e votado pelos parlamentares e se aprovado encaminhado  ao prefeito Luciano Orsi o seguinte  REQUERIMENTO. Que o município estude a possibilidade de  realizar uma visita a cidade de Curitiba para  ver “in loco” a primeira  ciclovia que gera energia solar da America do Sul.  Sabemos que Campo Bom vem primando na questão do desenvolvimento sustentável. Por sermos a cidade pioneira na implantação da primeira ciclovia da América Latina. Pedimos que a administração municipal estude a possibilidade de implantar em Campo Bom este dispositivo que poderá gerar energia limpa e renovável.  Junto seguira em anexo material sobre este projeto que acontece em Curitiba e  já aconteceu na Alemanha.  Sem mais nada a solicitar, expresso nossos mais sinceros votos de estima e consideração. 

                                                         Jair Wingert

                                               Vereador do Progressistas

Ciclovia que gera energia solar

No bairro de Liblar, em Erftstadt, os ciclistas ficaram surpresos ao se depararem com a inauguração da primeira ciclovia solar da Alemanha. A pista é capaz de gerar energia solar e os ciclistas se mostraram entusiasmados ao pegarem seus celulares para tirar fotos do local. O projeto está sendo testado, porém, tudo indica que vai prosperar!

A pista da nova ciclovia é composta por várias pastilhas solares feitas de vidro laminado, como um tapete sobre o chão. O engenheiro do projeto explica que a ciclovia tem 35 anos e alguns desníveis e raízes de árvores, no entanto, esses detalhes não atrapalharam a instalação do tapete solar, que foi coberto com células fotovoltaicas. Segundo o engenheiro responsável, aproveitar a ciclovia já existente trouxe ainda mais vantagens, visto que construir uma nova traria mais gastos.

A rua onde a ciclovia foi construída é bastante movimentada e muito iluminada pelos raios solares. As pastilhas de células solares medem 10 cm X 10 cm, cada. São interligadas de forma mecânica e elétrica, formando um tecido flexível. Uma camada emborrachada foi criada para absorver o som, e também serve para conectar o tapete com a parte inferior do piso.

Estudos apontaram que, na Alemanha, existem 1,4 bilhão de m² de ciclovias disponíveis para a produção de energia, situadas em locais ensolarados que podem ser melhor aproveitados para captação de energia solar. Gerar energia solar no asfalto está se tornando comum em diversos países, modificando apenas a construção e a disposição dos painéis solares.

A ciclovia de testes possui 90 m de extensão e aproximadamente 200 m² de área, custou cerca de 800 mil euros e foi financiada pela Iniciativa Nacional para Proteção do Clima, do governo alemão.  A administração de Erftstadt está colaborando, assumindo 10% dos custos do projeto. Os responsáveis pelo projeto estão pedindo e buscando por mais assistência.

Muitos benefícios estão ligados à ciclovia solar, por exemplo, a administração da cidade não terá que gastar com serviço de limpeza de neve e gelo durante o período do inverno, pois a ciclovia se descongela através da eletricidade gerada por ela mesma. Estima-se que vão ser gerados, aproximadamente, 15 mil quilowatt-hora (kWh) por ano, o que é suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas na Alemanha. O que sobra de energia vai para rede e poderá ser consumido pelos demais moradores da região.

Nos próximos meses de teste serão feitas comparações com a produção fotovoltaica normal. A ciclovia solar também precisará de mais tempo para ver como o sistema irá funcionar em períodos de geada, trânsito intenso e sujeiras. Outros países também estão investindo em inovações com energia solar, como, por exemplo, a Polônia, que construiu uma ciclovia solar que brilha no escuro. Já na França, foi inaugurada uma estrada com painéis solares.

A Alemanha se tornou líder em energia solar per capita, o país de primeiro mundo está investindo cada vez em energia solar fotovoltaica. A Alemanha quer passar por uma transição energética, pela qual o governo pretende reduzir a emissão de gases de efeito estufa de 80 a 95% e atingir a meta de 60% de uso de fontes de energia renovável.

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CURITIBA

Se transporte coletivo é um dos fortes de Curitiba, com suas redes integradas, suas icônicas estações em tubo e sua preocupação com redução de gases poluentes, a cidade agora deu outro importante passo também pelo meio-ambiente e a redução do consumo de energia: a implementação dos primeiros pisos geradores de energia. Trata-se de uma pavimentação especial para ciclovias, capaz de gerar energia elétrica a partir das vibrações geradas pelos passantes.

O piso está sendo posto em teste na capital paranaense, sobre a ponte do Rio Belém, no centro cívico da cidade. Captando as vibrações de bicicletas e pedestres, a pavimentação é capaz de gerar energia para iluminar os sinais da pista por todo o trajeto, tornando as ciclovias mais seguras e monitorando trechos com fluxo mais intenso. A fase de teste é o primeiro passo para a expansão do projeto, no segundo semestre.

A ideia é que o piso pavimente 18,5 quilômetros de ciclovias pela cidade, e que a geração de energia seja consideravelmente maior. O projeto é uma parceria entre a prefeitura de Curitiba e a empresa japonesa Soundpower Corporation, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão e do Ministério da indústria japonês, financiadores de tal tecnologia. A ciclovia geradora de energia, portanto, não trará custo algum para os cofres da prefeitura local.