Campo Bom, 31 de Julho de 2024.
Senhor Presidente Senhores Vereadores O Vereador que subscreve, encaminha através do presente, para deliberação dos nobres pares, o incluso Projeto de Lei que “DISPÕE SOBRE CRIAÇÃO DO TROFEU – MARCONI MALHEIROS JUNTO AO BIVAQUE DA POESIA NA CATEGORIA ADULTA” Nosso propósito ao apresentarmos o referido projeto de Lei é resgatar e manter viva a memória deste tradicionalista, cantor, poeta e declamador que deixou um grande legado na área da musica. O Bivaque foi idealizado pelo saudoso campo-bonense Joel Capeletti e pelo declamador Valdemar Camargo. Referência no Estado, o festival, na edição de 2022, recebeu mais de 200 trabalhos inéditos de grandes poetas do cenário gaúcho, que figuram entre os maiores nomes da poesia nativista. Ao logo dos anos, o Bivaque se tornou palco sagrado para os amantes da arte poética, sejam eles compositores, declamadores ou amadrinhadores. O evento tem como slogan “Aqui a poesia gaúcha acampa”. Já o Bivaque da Poesia Gaúcha Piá foi idealizado pelas professoras Suely Benkenstein e Haidé Blos (in memorian), com o apoio do declamador Valdemar Camargo. Essa versão estudantil é exclusiva para alunos de Campo Bom, com idade entre 8 e 18 anos. Os trabalhos são inéditos e produzidos em sala de aula. Para maior conhecimento da temática, o tradicionalista, jornalista e historiador Rogério Bastos conduziu uma formação para professores das três redes de ensino, no mês de maio. Essa modalidade do festival é dividida nas categorias Piazito, Pia e Guri. A partir de 2025 os troféus do Bivaque da Poesia Gaúcha (categoria adulta), passa receber o nome do poeta, cantor, musico e declamador Marconi Malheiros. Sendo o que tínhamos para o momento, reiteramos votos de estima e apreço.
Cordialmente,
Jair J. Wingert Vereador do Republicanos.
SALA DE SESSÕES PRESIDENTE VARGAS, 31 DE JULHO DE 2024.
PROJETO DE LEI Nº /2024 PL, de de Julho de 2024.
Art. 1º. O troféu do Bivaque da Poesia de Campo Bom na categoria adulta passa a receber nome de: Troféu Marconi Malheiros. Art. 2.º - Esta homenagem ao cantor, musico, poeta e declamador passará a valer a partir do próximo ano -2025. Art. 3.º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
. Jair J. Wingert Vereador do Republicanos.
SALA DE SESSÕES PRESIDENTE VARGAS, 31 DE JULHO DE 2024.
CURRICULO
Marconi Malheiros, nasceu 24/03/1946 no Rio da Ilha, distrito de Taquara RS. Filho de Polydoro Malheiros e Helena Malheiros. Marconi casou com Alzira dos Santos Malheiros e desta união nasceram os filhos: Ana, Fabiani, Jader, Adriana, Andréia, Bibiana, Maicon e Juliano. A família Malheiros veio para Campo Bom em fevereiro de 1.978. O velho Marconi como o chamavam carinhosamente sempre teve espirito empreendedor e logo passou a atuar numa área que conhecia e amava, produção de rapaduras, aliás, Marconi passou seus conhecimentos para muitas pessoas de Campo Bom e da região, sendo que muitos passaram a empreender na mesma área. A paixão pela musica na vida de Marconi Surgiu desde a adolescência e frequentando Centros de Tradição Gaúcha (CTGs), onde teve contato direto com essa expressão artística e cultural. Esse ambiente proporcionou à ele uma imersão na música e na poesia gaúcha, levando-o a apreciar e se envolver com essas formas de arte ao longo da vida. Ainda que a preferência musical fosse tradicionalista, Marconi apreciava vozes. Em 1997 Marconi gravou um CD bem raiz, com músicas de sua autoria O cantor e poeta, tocava em casa, várias vezes ao dia, mas quando ia em algum baile, sempre era chamado ao palco para cantar algumas de suas canções. Marconi acreditava que a musica deveria ser ensinada nas escolas públicas em larga escala. Ele costumava afirmar: “A música nos leva mais perto de Deus. A legado de amor a tradição, a paixão pela musica tradicionalista foi uma marca registrada deste grande ser humano que nos deixou em 06 de julho de 2023. Os filhos de Marconi são unanimes em afirmar: “Nosso pai foi um homem muito simples, nascido e criado no interior, tendo seu próprio pai como referência. Desde jovem, era apaixonado pela cultura gaúcha, se reunia com amigos na escola para tocar violão e fazer serenatas” Um homem que valorizava a instituição família. Depois de casar e formar uma família, Marconi se tornou empresário, mas nunca abandonou suas raízes. Sempre que possível, organizava churrascos e convidava os amigos para tocar violão e cantar. Admirava e se inspirava em músicos gaúchos como César Passarinho, Cenair Maicá, José Cláudio Machado, João de Almeida Neto, entre outros. Acompanhado sempre por sua eterna namorada, a esposa Alzira, Marconi frequentava Rodeios, Acampamentos, Bivaques e recebia amigos para churrascos e rodas de violão em sua barraca.. No palco se agigantava Um dia, seu amigo Laudemir Benkenstein, (patrão do CTG M’Bororé) o convidou para participar de uma competição de intérprete vocal no CTG Campo Verde, onde conquistou o primeiro lugar. Em seguida, foi convidado para participar do Rodeio dos Campeões na Expointer, onde também saiu vitorioso. Apresentou-se diversas vezes no programa de televisão apresentado pelo cantor e compositor Volmir Martins. Assim, ele começou a participar de vários rodeios, interpretando artistas gaúchos que admirava e frequentemente ganhando troféus. Com o tempo, surgiu o desejo de interpretar suas próprias músicas e ele começou a compor, sempre inspirado pela vida no campo com seu pai. Gravou três CDs e sua música "O Branco do Teu Cabelo" tornou-se destaque nas rádios gaúchas, sendo regravada e tocada em bailes por renomados artistas como Os Serranos, Grupo Rodeio e Garotos de Ouro. Apesar de não estar mais entre nós, sua paixão pela música e pela cultura gaúcha continua viva através de suas canções e das memórias que deixou.
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Documento publicado digitalmente por JUNIOR LOPES DA ROSA em 31/07/2024 às 16:27:50.
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