PROJETO DE LEI Nº 019/2024, DE 01 de Agosto de 2024
 

"DISPÕE SOBRE CRIAÇÃO DO TROFEU – MARCONI MALHEIROS JUNTO AO BIVAQUE DA POESIA NA CATEGORIA ADULTA"

Proponente: Ver. Jair Wingert (REP)

                                                       Campo Bom, 31 de Julho de 2024.

 

Senhor Presidente

Senhores Vereadores

 O Vereador que subscreve, encaminha através do presente, para deliberação dos nobres pares, o incluso Projeto de Lei que “DISPÕE SOBRE  CRIAÇÃO DO TROFEU – MARCONI MALHEIROS JUNTO AO BIVAQUE DA POESIA NA CATEGORIA ADULTA”  Nosso propósito ao apresentarmos o referido projeto de Lei  é   resgatar e manter viva a memória deste tradicionalista, cantor, poeta e declamador que deixou um grande legado na área da musica. O Bivaque foi idealizado pelo saudoso campo-bonense Joel Capeletti e pelo declamador Valdemar Camargo. Referência no Estado, o festival, na edição de 2022, recebeu mais de 200 trabalhos inéditos de grandes poetas do cenário gaúcho, que figuram entre os maiores nomes da poesia nativista. Ao logo dos anos, o Bivaque se tornou palco sagrado para os amantes da arte poética, sejam eles compositores, declamadores ou amadrinhadores. O evento tem como slogan “Aqui a poesia gaúcha acampa”. Já o Bivaque da Poesia Gaúcha Piá foi idealizado pelas professoras Suely Benkenstein e Haidé Blos (in memorian), com o apoio do declamador Valdemar Camargo. Essa versão estudantil é exclusiva para alunos de Campo Bom, com idade entre 8 e 18 anos. Os trabalhos são inéditos e produzidos em sala de aula. Para maior conhecimento da temática, o tradicionalista, jornalista e historiador Rogério Bastos conduziu uma formação para professores das três redes de ensino, no mês de maio. Essa modalidade do festival é dividida nas categorias Piazito, Pia e Guri. A partir de 2025 os troféus do Bivaque da Poesia Gaúcha  (categoria adulta), passa receber o nome do poeta, cantor, musico e declamador Marconi Malheiros.  Sendo o que tínhamos para o momento, reiteramos votos de estima e apreço.

                                                    

                                                  Cordialmente,

            

                                             Jair J. Wingert                      

                                      Vereador do Republicanos.

 

 

SALA DE SESSÕES PRESIDENTE VARGAS,  31 DE JULHO  DE 2024.

 

 

              PROJETO DE LEI  Nº           /2024 PL, de     de Julho de 2024.

 

Art. 1º.  O troféu do Bivaque da Poesia de Campo Bom na categoria adulta passa a receber nome de: Troféu Marconi Malheiros.

Art. 2.º -  Esta homenagem ao cantor, musico, poeta e declamador passará a valer a partir do próximo ano -2025.

 Art. 3.º  Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

 

 

                                                  Jair J. Wingert                      

                                      Vereador do Republicanos.

 

          SALA DE SESSÕES PRESIDENTE VARGAS, 31 DE JULHO  DE 2024.

 

 

                                                       CURRICULO

 

Marconi Malheiros, nasceu 24/03/1946  no Rio da Ilha, distrito de Taquara RS. Filho de Polydoro Malheiros e Helena Malheiros. Marconi casou com Alzira dos Santos Malheiros e desta união nasceram os filhos: Ana, Fabiani, Jader, Adriana, Andréia, Bibiana, Maicon e Juliano.  A família Malheiros veio para Campo Bom em fevereiro de 1.978. O velho Marconi como o chamavam carinhosamente sempre teve espirito empreendedor e logo passou a atuar numa área que conhecia e amava, produção de rapaduras, aliás, Marconi passou seus conhecimentos para muitas pessoas de Campo Bom e da região, sendo que muitos passaram a empreender na mesma área.  A paixão pela musica na vida de Marconi

Surgiu  desde a adolescência e frequentando Centros de Tradição Gaúcha (CTGs), onde teve contato direto com essa expressão artística e cultural. Esse ambiente proporcionou à ele uma imersão na música e na poesia gaúcha, levando-o a apreciar e se envolver com essas formas de arte ao longo da vida. Ainda que a preferência musical fosse tradicionalista, Marconi apreciava vozes. Em 1997 Marconi gravou um CD bem raiz, com músicas de sua autoria

O cantor e poeta,  tocava em casa, várias vezes ao dia, mas quando ia em algum baile, sempre era chamado ao palco para cantar algumas de suas canções. Marconi acreditava que a musica deveria ser ensinada nas escolas públicas em larga escala. Ele costumava afirmar: “A música nos leva mais perto de Deus.  A legado de amor a tradição, a paixão pela musica tradicionalista foi uma marca registrada deste grande ser humano que nos deixou em 06 de julho de 2023. Os filhos de Marconi são unanimes em afirmar:

“Nosso pai foi um homem muito simples, nascido e criado no interior, tendo seu próprio pai como referência. Desde jovem, era apaixonado pela cultura gaúcha, se reunia com amigos na escola para tocar violão e fazer serenatas” 

Um homem que valorizava a instituição família.

Depois de casar e formar uma família, Marconi se tornou empresário, mas nunca abandonou suas raízes. Sempre que possível, organizava churrascos e convidava os amigos para tocar violão e cantar.  Admirava e se inspirava em músicos gaúchos como César Passarinho, Cenair Maicá, José Cláudio Machado, João de Almeida Neto, entre outros. Acompanhado sempre por sua eterna namorada, a esposa Alzira, Marconi frequentava Rodeios, Acampamentos, Bivaques e recebia amigos para churrascos e rodas de violão em sua barraca.. 

 No palco se agigantava

Um dia, seu amigo Laudemir Benkenstein, (patrão do CTG M’Bororé) o convidou para participar de uma competição de intérprete vocal no CTG Campo Verde, onde conquistou o primeiro lugar. Em seguida, foi convidado para participar do Rodeio dos Campeões na Expointer, onde também saiu vitorioso.  Apresentou-se diversas vezes no programa de televisão apresentado pelo cantor e compositor Volmir Martins.  Assim, ele começou a participar de vários rodeios, interpretando artistas gaúchos que admirava e frequentemente ganhando troféus. Com o tempo, surgiu o desejo de interpretar suas próprias músicas e ele começou a compor, sempre inspirado pela vida no campo com seu pai. Gravou três CDs e sua música "O Branco do Teu Cabelo" tornou-se destaque nas rádios gaúchas, sendo regravada e tocada em bailes por renomados artistas como Os Serranos, Grupo Rodeio e Garotos de Ouro. 

Apesar de não estar mais entre nós, sua paixão pela música e pela cultura gaúcha continua viva através de suas canções e das memórias que deixou.

 

 

 

 

 

 

 

 

           

 

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Documento publicado digitalmente por JUNIOR LOPES DA ROSA em 31/07/2024 às 16:27:50.
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